14/06/2016 Geral

A arte de Felipe Ulbrich

Foto: Felipe Ulbrich

         Em 1996, o jovem Luis Felipe Ulbrich se formou em Engenharia Elétrica na Universidade Federal do Estado do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Durante dez anos, ele trabalhou como engenheiro na área de telecomunicações, mas não gostava do que fazia. Três anos depois, junto com o pai e os dois irmãos, ele decidiu iniciar um criatório de cavalos Crioulos em Mariana Pimentel, município situado na Região Metropolitana de Porto Alegre. O aprendizado do trabalho junto com os equinos seria fundamental no futuro.       

         Quase ao mesmo tempo, Ulbrich resolveu dar uma guinada de 360º em sua vida e aos 35 anos largou o emprego para se dedicar por completo a uma antiga paixão: a fotografia. Incentivado por amigos que promoviam leilões e, que volta e meia pediam que fizesse as fotos dos catálogos, ele começou a se envolver cada vez mais com o mundo do cavalo Crioulo e decidiu apostar tudo. “Eu percebi que havia poucos fotógrafos fazendo fotos de cavalos Crioulos e decidi investir, embora até então só fotografasse por hobby”, recorda.

O começo, no entanto, não foi fácil. Foram precisos muitos cliques até ele que ele conseguisse conquistar seu próprio espaço. “Eu não conhecia muita gente e passei uns dois anos batendo de porta em porta, buscando oportunidades”, lembra Ulbrich, que estabelece o ano de 2009 como o marco inicial de sua carreira. A qualidade do trabalho foi percebida pela direção da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), para quem o profissional passou a fotografar. Hoje, Ulbrich faz a cobertura das classificatórias e do Freio de Ouro, a principal prova da raça Crioula, que é disputado durante a Expointer, em Esteio (RS).

O fotógrafo também é colaborador da Revista Crioulos, que é editada pela Futura-RS, de Porto Alegre (RS). “No começo, o Henrique Borges foi uma das pessoas que me deu oportunidade para mostrar o meu trabalho”, destaca Ulbrich. “São poucas as publicações que dão tanta importância para a fotografia e a Crioulos costuma reservar até duas páginas para uma boa foto”, ressalta.

Apenas uma técnica apurada e equipamentos sofisticados não garantem uma boa foto do cavalo Crioulo, diz Ulbrich,. “Não basta somente ser um excelente fotógrafo. É preciso conhecer o animal, para destacar suas qualidades e atenuar seus defeitos”, ensina. Outra recomendação para quem pretende seguir seus passos é ter paciência. “A paciência é um dos pré-requisitos para a fotografia de animais”, completa.

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