10/03/2016 Geral

Um livro sobre a essência entre gente e cavalos

Foto: Leonardo Costa

 Aprovada na Lei Rouanet, com possibilidade de captar recursos incentivados, obra vai mapear o universo íntimo, único e fundamental que une pessoas e cavalos

Com fotografia as de Leonardo Costa e textos de Renato Dalto, o livro “paixão Crioula“começa a ganhar forma. O objetivo é mostrar aspectos da amizade do homem com o cavalo, a relação afetiva, a competição esportiva e o trabalho. Para isso, os dois irão percorrer o interior do Rio Grande do

Sul para retratar o dia a dia, os costumes e as atividades dos criadores e seus animais. 

Aprovado na Lei Rouanet, com possibilidade de captar recursos incentivados, paixão Crioula vai à nascente de tudo: o sentimento mágico e apaixonado que une desde sempre gente e cavalos. “Este livro busca a essência da relação homem-cavalo.

 Tenta aglutinar num sentido único, denso, emocional e verdadeiro algo que sempre é abordado de forma tênue, às vezes secundária, mas dificilmente no essencial: paixão. É isso que move o mundo do cavalo”, observa Costa. “Com ousadia, surpresa, poesia, ineditismo, vamos contar histórias de cavalos, lugares e gente. Sem repetir fórmulas. Buscando o que cada história tem de essencial, verdadeiro e belo”, emenda. 

O fotógrafo ressalta ainda que a obra tem o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos

Crioulos (ABCCC), sendo que a ideia é lançá-la em um grande evento durante a Expointer 2016.

“Há, entre o homem e o cavalo, muito mais do que uma simples relação de cumplicidade. Há toda uma história, construída durante séculos de doação recíproca, de duas trajetórias que se cruzam em perfeita sintonia. E este livro trata essencialmente do elemento responsável por harmonizar e fortalecer essa união: a paixão. Somos apaixonados pelo cavalo, por tudo o que ele nos proporciona, e é esse carinho especial pelo animal o que move a raça Crioula. Descrever esse sentimento em imagens e palavras foi o desafio que Leonardo Costa e Renato Dalto assumiram e que, com competência, traduzem nessa publicação”, destaca o presidente da ABCCC, José Luiz Lima Laitano.

 O fotógrafo

Leonardo Costa nasceu em Bagé, na Campanha gaúcha, onde viveu até os 18 anos de idade, quando saiu de casa para estudar física na capital gaúcha, curso que abandonou um ano depois para dedicar-se a engenharia mecânica, desta vez em Rio Grande, na Zona Sul do Estado.

Foi lá que descobriu a fotografia, através de um amigo que era fascinado pela história da imagem e que lhe emprestaria a câmara Zorki com a qual sairia à rua para fazer suas primeiras imagens. Em 1971, faltando apenas duas cadeiras para a formatura, largou novamente a faculdade e decidiu buscar seu espaço como fotógrafo em São Paulo, conseguindo emprego logo de saída no estúdio que produzia as capas da Editora

Abril, onde teve a oportunidade de conhecer o “papa” da fotografia na época, Chico Albuquerque. “Foi uma verdadeira faculdade, pois pude trabalhar ao lado de vários fotógrafos de renome”, recorda Costa, explicando que, passados dois anos, surgiu uma oportunidade de trabalho na Europa. Foi quando acabou se apaixonando por Paris, para onde se mudaria de vez pouco mais de uma década depois para trabalhar com fotografia publicitária. 

Em 2014, após 25 anos na capital francesa, onde vivem suas duas filhas, Costa decidiu retornar ao Brasil trazendo na mente o projeto do livro “Paixão Crioula”, pois mesmo distante da terra natal sempre acompanhou a evolução da raça que predomina nos campos gaúchos. Apresentado pelo amigo Eurico Sallis, o fotógrafo encontrou em

Renato Dalto o parceiro ideal para desenvolver o projeto que idealizou para retratar a relação de amizade e companheirismo entre homens e cavalos no Rio Grande do Sul. Segundo ele, a obra terá 168 páginas, sendo que as primeiras imagens foram captadas nas estâncias das famílias Suñé e Sarmento, que ajudaram a fundar a ABCCC em 1932.

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