23/02/2016 Geral

Raça Crioula é tema de artista plástico argentino

José Acuña, da Província de Corrientes, há nove anos utiliza a figura do cavalo Crioulo em suas pinturas

 

        O animal-símbolo do Rio Grande do Sul, o cavalo Crioulo, serve de inspiração para o artista plástico argentino José Acuña. Desde cedo, o pintor, que está radicado em Porto Alegre há cerca de nove anos, se apaixonou pelo cavalo Crioulo. Natural da Província de Corrientes, na divisa com o Brasil, Acuña conta que foi muito bem recebido pelos gaúchos, que o fizeram se sentir como estivesse em casa. Ele conta que ao retratar as cenas campeiras não é possível dissociar o gaúcho de seu melhor companheiro. “Há cerca de nove anos utilizo a figura do cavalo Crioulo nas minhas pinturas”, afirma o artista plástico, de 36 anos. “É uma presença muito forte devido a sua história no campo, além de ser um animal importante, que faz parte da identidade do povo argentino e do gaúcho também”, completa.

Acuña retrata os grandes campeões da Morfologia e da prova máxima da raça Crioula, o Freio de Ouro. Já expôs suas obras na Expointer, em Esteio, e na Exposição de Palermo, em Buenos Aires (Argentina), além de exposições no Paraguai, Estados Unidos e Alemanha. Ele calcula já ter pintado aproximadamente mil telas e diz que seus clientes são criadores, empresários e profissionais liberais amantes da raça Crioula. “Já tive obras adquiridas por personalidades como o narrador Galvão Bueno e o diretor Jayme Monjardim, da Rede Globo”, revela.

Cada tela pode demorar até dois meses para ser concluída, embora ele possa iniciar várias delas em um mesmo mês. “Eu inicio a obra e a deixo parada e começo outra. Depois vou trabalhando com elas até serem concluídas”, explica. A que mais demorou levou dois anos para ser finalizada. “Era uma tela pintada a óleo que mostrava o embarque de gado em um trem no final dos anos 1800, na Argentina. Ela media 1,5 de altura e 3 metros de comprimento”, lembra.

 

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