07/10/2016 Geral

Conheça estilos de cortes de crina dos cavalos

Foto: Divulgação

Para aparar a crina é usada uma tesoura especial, conhecida como martelo, uma referência ao som que ela produz a cada corte
Para aparar a crina é usada uma tesoura especial, conhecida como martelo, uma referência ao som que ela produz a cada corte

 Por Tiago Soares


Para aparar a crina é usada uma tesoura especial, conhecida como martelo, uma referência ao som que ela produz a cada corte

Destaque em provas e exposições, os cavalos chamam a atenção pela beleza. Um dos itens mais importantes do animal é a pelagem e, acredite, o corte dela, em especial da crina, tem até denominação específica.

Peão Farroupilha do Rio Grande do Sul, Lourenço de Oliveira Nunes, comenta que o gaúcho começou a cortar a crina por uma necessidade.

“A ideia de toso surgiu em um tempo onde o pessoal tinha os cavalos nas estâncias e precisava diferenciar os animais, dar características aos grupos. Por exemplo, identificar as éguas de cria ou os cavalos garanhões”, explica Nunes.

Hoje, o corte é uma questão estética, de cuidado do gaúcho com o cavalo. Com isso, a escolha entre os três tipos de tosa mais usados – reto, cogotilho ou ponta de lança – parte basicamente do gosto do dono.

Para aparar a crina, Nunes explica que é usada uma tesoura especial, conhecida como martelo, uma referência ao som que ela produz a cada corte.

Entre os “penteados”, há quem prefira deixar a pelagem natural caída no pescoço do cavalo, apenas aparando as pontas.

O inspetor técnico da ABCCC (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos) Rodrigo Albuquerque Py comenta que é assim que os animais se apresentam na prova de rédea, por exemplo.

“Tem relação com a origem da prova, que usava a raça quarto de milha, deixando a crina inteira. Quando a franja é muito grande, se faz uma trança ou um nó simples para não atrapalhar a visão do animal, mas nunca se corta a franja”, afirma Py.

Mas é o corte chamado toso reto que predomina nos cavalos crioulos, por uma questão de tradição da raça. Nele, só é mantida a franja e o capucho, parte final da crina que o peão segura com as mãos.

Conheça os três cortes mais usados

Toso reto: corte na altura de 1 cm que acompanha a curva do pescoço do animal

Toso de cogotilho: é baixo no começo e no fim, onde tem de 1 a 2 cm. No meio do pescoço ele faz uma curva que chega a até 4 cm de altura

Ponta de lança: tem uma curva no início e faz um desenho que lembra o nome, como se fosse um corte em “S”.

Outras partes da crina

Capucho ou pega-mão: parte da crina no final do pescoço. É onde a pessoa pode se segurar quando está montada

Topete: franja aparada bem curta para ficar em pé

Tesourinha: serve como enfeite. É um corte picotado que forma bicos levantados

Fonte:https://meiorural.com.br/

Link da Matéria: https://meiorural.com.br/noticia/?nn=863&n=conheca-estilos-de-cortes-de-crina-dos-cavalos

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